AGRESTE SOLIDÃO
Na agreste solidão de fim de amor
Adormece a menina que sonhara.
Esvaece na mulher com tal vigor
A vida que se fora bela e rara.
O que fazer do sonho sedutor
Que morreu boca seca e tão amara.
Brincando em carruagens e reinados,
Os olhos se esqueceram de sentir
Os dias que se foram enganados
Deixaram simplesmente de pedir
Momentos mais felizes e encantados
Roubando sem querer, o que há de vir..
Um batom, um salto alto, outro sorriso...
A porta escancarando um paraíso...
MARCOS LOURES
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