quinta-feira, 23 de agosto de 2012

DOCE DELEITE

DOCE DELEITE

Moleque quando andava nas calçadas
Bem reparava a bela que subia,
As saias pelos ventos levantadas
Deixando a molecada em euforia.

As frutas dos vizinhos, se roubadas
Traziam para a turma uma alegria,
Depois nos campos- várzeas, as peladas
A gente foi feliz, disso eu sabia.

Agora uma barriga que é burguesa
Se lembra das lombrigas e cupins.
A mãe chamando a turma para a mesa,

Café com broa, pão, doce de leite.
Bermudas de Tergal, nada de jeans.
Viver era tão bom: doce deleite...

MARCOS LOURES

Nenhum comentário: