TARDE DE VERÃO
No braseiro da tarde de verão,
Adormecida sonha com luares.
Delírios inconstantes, turbilhão,
Alcançam ferozmente seus sonhares...
Desgrenhados cabelos, multidão
De desejos transbordam nos altares
Escondidos no casto coração...
Cáusticos martírios loucos ares...
A mão que percebia sobre o seio,
Os dedos acalmando tal braseiro.
O mundo se desfaz em devaneio.
Nos rastros das estrelas, tanta sede.
A vida é um retrato na parede,
O sol tão penetrante, companheiro...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário