NOSSOS CIOS
Bem sei que morreremos abraçados
Os fados predestinam tal suplício
De tanto amor que tenho, velho vício,
Os braços estarão por certo atados.
Quem sabe qual Quasímodo, meus fados
Farão dessa Esmeralda precipício,
E tanto que te quero desde início
Talvez os nossos fim compartilhados.
Porém nossas sementes proliferam
E mordem quem deseja ser feliz.
Os olhos dos demônios que se deram
Invadem tantas glebas e plantios.
Mortalha que nos cobre, negro-anis
De noite se reparte em nossos cios...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário