TEU RANCOR
Que eu não caia; querida, em teu rancor
Palavras que tu soltas a ferir
Quem teve insanidade de pedir
Tua clemência feita em puro amor.
Janela que entreaberta vem propor
Tua presença, alheio e sem fugir
Do sol que um dia veio refulgir
E este cenário raro a se compor.
Bem sei que voltarás e num instante
Repleta de vinganças odiosas
Podando as esperanças; frágeis rosas
Que cismam em tentar sobreviver
E o fogo em crueldade, delirante,
Virás em descaminhos, acender...
MARCOS LOURES
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