sábado, 25 de agosto de 2012

NO CORTE DA NAVALHA

NO CORTE DA NAVALHA

Ah! Quando dispersei essa esperança
Em nome da certeza do futuro;
Não sabia que a vida não se cansa,
De fingir-se leal, porto seguro.

Ao tentar destruir esta aliança,
O claro sentimento fez-se escuro.
Tempestade abortando uma bonança,
A sorte se escondeu detrás do muro...

O mar que fora meu, virou deserto,
O frio de minha alma congelou.
A solidão feroz, ronda por perto,

A paz se fez distante, na batalha.
O nada simplesmente me sobrou,
No corte tão profundo da navalha!

MARCOS LOURES

Nenhum comentário: