LOUCO CIO
Ouvindo tua voz na noite fria
Me lembro do verão do nosso amor.
Do tempo que passamos no torpor
Que sempre prenuncia a fantasia.
A boca que beijava e me lambia.
Delitos do prazer, ondas, calor.
Espinhos que sangravam, dor e flor.
Gemidos e delícias, sinfonia...
O tempo não perdoa, tudo acalma.
Loucura se transforma em morna calma.
As noites se esqueceram desse estio...
Porém, na transparência, camisola.
Meu verso, em disparada, nos consola
E a noite se promete, louco cio...
MARCOS LOURES
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