MEUS DESTROÇOS
Os meus ossos expostos no canteiro
Soltando minha voz neste terraço.
Inverno vem batendo derradeiro
E a moça que se foi, sequer abraço,
No mundo sem limites, passageiro,
Deitado no canteiro, meu cansaço.
O que se fora verso agora morre,
No vulnerável sonho da paixão,
Apenas o teu laço me socorre,
Resgata o que restou da podridão
Que pelas ruas foge e quase escorre
Deixando simples rastro sim ou não...
Louvando, meu amigo, os teus esforços,
Te entrego como prêmio, os meus destroços...
MARCOS LOURES
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