SEM DESTINO
Andar por tanto tempo sem destino,
Guardando no meu peito este segredo.
Morrendo pouco a pouco, desde cedo.
Sabendo que no fim, não extermino
A dor desta vontade de um menino
Que teve em cada queda, um mundo ledo,
O gosto da saudade:amaro, azedo,
Mascarado em sorriso quase fino.
Se tanto me amofino e nada faço,
A culpa pode ser somente minha?
Se trôpego mal ando e me embaraço
Talvez tenha por sorte, na verdade,
O que resta de mim, em ti se aninha
Amiga. O que me resta. T’a lealdade...
MARCOS LOURES
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