ESPERANÇA?
Descora-se a esperança, verde claro,
Nesta aquarela resta a negritude,
Enquanto não mudarmos de atitude,
Felicidade é um dom ausente ou raro.
Usando cada verso, hoje declaro,
Que mesmo que o cenário ainda mude,
O coração humano, sendo rude,
Prepara tão somente o desamparo.
Vagando pelas ruas, velhas gralhas,
Carcomidas crianças, toscas tralhas,
Nas mãos dos idiotas e canalhas,
Enquanto nas esquinas, as navalhas,
Cometendo de novo antigas falhas,
Cobrindo a humanidade toscas malhas...
RIMAR
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