LEVANDO O BARCO
Levando a minha vida de tal forma
Que nada mais impeça a caminhada,
Sabendo que ao final não serei nada,
O tempo com certeza nos deforma,
E o medo quando fora a velha norma
Arcando com a fúria feita espada
Permita uma palavra quando alada
Sentindo a derrocada, nos transforma,
Em âmagos e quedas, perigeus,
Os olhos espreitando cada adeus
Permitem que se trace outro horizonte,
Negar o quanto sou e de onde eu vim
E renascer depois de morto, enfim,
É como o velho sol que, além, desponte...
MARCOS LOURES
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