quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PERDENDO O QUE PUDESSE - sextina

PERDENDO O QUE PUDESSE

(sextina)

Perdendo o que pudesse em fantasia
Gerando o quanto quis e mesmo assim
O tempo se desenha em novo brilho
E o mundo desejando qualquer paz
Ainda que pudesse ser a mais
Do quanto na verdade não teria.

O todo desdenhando o que teria
E insisto na mais louca fantasia
E busco com certeza um pouco a mais
O mundo se deseja sempre assim
E nisto adivinhando o que esta paz
Traduz ou mesmo tenta em raro brilho.

No olhar se refletindo também brilho
E o corte na verdade não teria
Sentido algum se a vida quer a paz
Singrando sem certeza e fantasia
Flutua dentro em nós e sempre assim
Meu canto se aproxima um pouco mais.

O corte aprofundando sempre mais
Renega o que pudesse em novo brilho
E o todo desejado trama assim
Além do quanto quis e mais teria
Minha alma noutro passo fantasia
Buscando o que pudesse ainda em paz.

E mesmo que vencesse em plena paz
O novo se aproxima e busca mais
Trazendo ao meu caminho a fantasia
Restando em meu olhar um ledo brilho
E nisto nada além inda teria
Mudando este cenário mesmo assim.

O tempo se transcende e sendo assim
Encontro tão somente a velha paz
Destarte muito pouco inda teria
E mesmo que viesse logo mais
Retendo a cada passo um novo brilho
A vida desenhada em fantasia.

Embora a fantasia seja assim
No olhar um raro brilho feito em paz
Além do pouco mais já não teria.

MARCOS LOURES

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