UM CÁLICE QUEBRADO
Um cálice quebrado e o fim da história,
Brindando com a farsa persistente
Na essência mais sutil ora apresente
A mesma solidão, tão merencória,
Restando pouco além da mesma inglória
Noção de que pudesse ter em mente
A face desdenhosa do demente,
Queimando o quanto houvera na memória,
Assim compartilhamos nosso fim,
Florada se abortando em um jardim
Já tanto maltratado pela vida,
Nau sem saber sequer se existe cais,
O mundo repetindo nunca mais,
Alimentando em ira esta ferida...
RITA DE CASSIA TIRADENTES LOURES
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