quarta-feira, 6 de março de 2013

AGRISALHADA TARDE

 AGRISALHADA TARDE

Agrisalhada tarde, escura vida.
Não tendo mais sequer algum motivo
Que possa reverter a vã, perdida,
Estrada em caminho e sobrevivo.

Minha alma pelo tempo apodrecida,
Outrora um caminheiro mais altivo
Agora segue só, sórdida ermida,
De todos os meus sonhos já me privo.

Relendo os velhos livros do passado,
Histórias em que amor se fez intenso,
Na senda bela e flórea, doce prado,

Antigo gargalhar, simples saudade,
Mas tudo em que, deveras, hoje penso,
Esconde desta tarde, a claridade...


MARCOS LOURES

Um comentário:

Celia De Nobrega Lamelza disse...

Gosto da sua poesia.

bjs.

Regina cnl