segunda-feira, 4 de março de 2013

TEU RUMO

TEU RUMO

Perdoem-me as Musas se não faço
Poemas com imagens tão bonitas,
Errante passageiro borra o traço,
Em meio a tantas vozes mais aflitas.

Por mais que as tais verdades tu reflitas,
Eu abro com meus versos outro espaço,
As horas que passamos, são benditas,
Porém já não restou sequer o abraço...

Fluíste normalmente noutras bandas,
E quando em realidade tu desandas,
Eu sigo, caminheiro experiente,

Olhando pro horizonte sem estrelas,
Pudesse novamente, enfim, revê-las...
Mas mesmo tão distante estou contente

MARCOS LOURES

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