segunda-feira, 4 de março de 2013

SEPULCRAL

SEPULCRAL


A morte, esta insensível companheira;
A mais fiel de todas, com certeza,
Às vezes tão feroz e mais ligeira
Impede qualquer forma de defesa...

Arranca toda nossa lucidez,
Dominando o cenário, velha audaz,
E quando vem chegando a nossa vez,
Levando finalmente a mansa paz

Deixando tão somente este vazio,
Silêncio sepulcral e tumular,
Na eterna noite, imenso e duro frio,
No decompor da carne, devagar,

Apenas a ossatura como herança,
Sequer qualquer resquício de lembrança...

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