TE AMAR, TE AMAR
A brisa a soluçar trouxe teu nome.
Janelas que eu abri, tristes umbrais
Ouvindo o teu chamado, nunca mais,
Enquanto a poesia, aos poucos some...
O amor não deve nunca crer que a fome
Derrame sobre os sonhos os seus sais,
Olhares que quisera canibais,
Carinho sem resposta nos consome,
Marcando cada passo, nada vejo
Senão a negação deste desejo,
Que morre desnutrido, sem saída...
Assim se fez a nossa despedida,
Num último e fatal, duro lampejo
Eu vi a nossa história em vão, perdida...
MARCOS LOURES
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