TRESLOUCADA
Arranhas minha pele, tresloucada,
Insana companheira de trapaças,
Durante alguns instantes, presas, caças,
A fera numa intensa cavalgada.
O olhar desta pantera que esfaimada,
Meu corpo com as coxas, logo enlaças,
Nas costas; tuas unhas- cedo esgarças.
E assim a noite inteira, e a madrugada...
Entregue a tal loucura, nada vês,
O sangue derramado sobre a cama,
Distante do que fora lucidez,
Gargalhas e sussurras palavrões,
Assim enquanto acesa a tua chama,
O gozo vem surgindo aos borbotões...
MARCOS LOURES
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