sexta-feira, 8 de março de 2013

DORMENTE TRANSPARÊNCIA

DORMENTE TRANSPARÊNCIA

Era pura, dormente transparência
Que em delírios um dia descobri,
E via desde então que estava ali,
A doce sensação desta inocência

Tão rara que em completa complacência
Deitava seu carinho e percebi,
Que desde então amando o amor em ti
Do quão profundo ardor, tive ciência.

Na ardência que domina os namorados,
Amantes que se dão sem ter perguntas,
As velhas armadilhas, destroçadas,

Os dias entre sóis edificados,
E quando criaturas pares juntas
As portas estão sempre escancaradas...

MARCOS LOURES

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