A vida não permite que se guarde
O sonho entre paredes e se esconda
O quanto se tentasse e se mostrasse
No navegar diverso, qual nova onda
E além do que se tenta e não faz,
Um ato refletisse a liberdade,
O verso não supera a liberdade,
Nem mesmo quando aquém da vida guarde
O tanto que pudera já se faz
Bem mais do que a vontade em vão esconda,
O mundo vai e vem e como uma onda
Só vale se deveras se mostrasse,
E o todo que de fato ora mostrasse
O tanto quanto trame a liberdade
Do ser e muito além que uma mera onda
No todo que de fato a vida guarde,
E sendo de tal forma o que se esconda,
A vida já repele e nada faz,
Mas quando se deseja e mais se faz
O mundo de tal forma se mostrasse
E nisto cada vez que não se esconda
Alçasse a mais suprema liberdade,
Portanto, quanto à vida, não se guarde
E siga o coração, esplêndida onda,
E o tanto se moldasse como esta onda
Que nada mais impeça o quanto faz
Audaciosamente jamais guarde
O quanto na verdade se mostrasse
Traçando com firmeza a liberdade
E nisto nenhum sonho, em vão, esconda,
A sorte que se dando a vida esconda
Presume no final em frágil onda
Negando ao marinheiro a liberdade
E de tal forma o tempo não se faz
Que tanta calmaria se mostrasse,
E o barco, sem ter vento ora se guarde,
Assim o que ora guarde e já se esconda
Não deixa que mostrasse esta bela onda
Que o mundo além já faz: a liberdade!
MARCOS LOURES
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