sábado, 5 de maio de 2018

PROMESSA


Promessa aterradora de vingança,
A vida se perdeu sem harmonia
As flores que não têm caramanchão,
Demonstram seu perfil: desesperança!
Recendem velhos cravos na lembrança,
São formas de total abnegação,

Aos poucos com terror a abnegação
Tomasse a rude forma de vingança
E nisto simplesmente na lembrança
A fúria noutro tom leda harmonia
Deixando ora se ver desesperança
Matando o quanto foi caramanchão,

Ausente deste olhar, caramanchão,
O que se vê traduz a abnegação
De quem amara e traz desesperança
E a rude sensação, mera vingança,
Negando qualquer forma de harmonia
Deixando uma alegria na lembrança

E o tempo se mostrara onde a lembrança
Qual fosse o mais feliz caramanchão
Embelezando a vida em harmonia
Ao superar a rude abnegação
Gerasse algum sorriso por vingança
Negando a mais sutil desesperança,

Num mundo quando vil, desesperança,
Transforma o que se viu, leda lembrança,
E trama no vazio tal vingança
Deixando para lá, caramanchão,
E nisto se produza abnegação.
Legando ao desencontro esta harmonia,

A vida que se faça em harmonia
Já não gera a fatal desesperança
Tampouco o quanto possa abnegação
Marcando cada fato em má lembrança
E a seca no que foi caramanchão
Traçando a rude forma de vingança,

Trazendo esta vingança onde harmonia
Fez do caramanchão desesperança,
Só deixa na lembrança: abnegação...


MARCOS LOURES

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