EM SONHOS
Ainda na verdade o quanto eu pude
Atravessar em sonhos o infinito
O passo que pudera sideral
A luta sem sentido e sem descanso
Enquanto na verdade o que ora alcanço
Deixara no passado a juventude,
O mundo que traduza em juventude
O tanto que quisera e mais não pude
E sei quando em verdade nada alcanço
Buscara inutilmente este infinito
Que possa me trazer algum descanso,
Vagando em sonho imenso, sideral,
O espaço que penetro, sideral,
No tempo que se trame em juventude
Tocasse sem saber qualquer descanso
O todo que tentasse enquanto pude
Grassar por sendas raras no infinito,
Toando esta expressão que em paz alcanço,
O tempo que deveras hoje alcanço,
O mundo noutro sonho, sideral,
Ousasse penetrar neste infinito
E tanto quanto valha a juventude
O peso do que trago e mesmo pude
Ainda se moldara e não descanso,
Tentando acreditar no que descanso,
Ousando na palavra quando alcanço
Meu mundo na incerteza quando o pude
Viver esta beleza sideral,
E nisto se moldasse a juventude
Que possa penetrar neste infinito,
O tempo que presumo, ora infinito,
O verso que anuncia sem descanso,
Enquanto na verdade nada alcanço,
Ausente dos meus olhos, juventude,
A trama que eu buscara, sideral,
Expressa a solidão que tanto pude,
E quando agora pude no infinito
Traçar o sideral rumo, descanso,
E sei, jamais alcanço a juventude...
MARCOS LOURES
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