Não quero e nem pudera ter no olhar
Sequer alguma luz que não existe,
O tempo se anuncia em vaga sorte
E o todo se transforma em tempestade
Marcando o que deveras trace em medo
E nisto outro caminho se perceba,
O tanto quanto viva e já perceba
Deste horizonte alheio a cada olhar
Deixando como rastro o velho medo
Que possa traduzir o quanto existe
E o todo que se dita em tempestade
Traçando o que pudera em melhor sorte,
A vida noutro rumo, nega a sorte
E bebe do vazio e já perceba
Vencendo a mais diversa tempestade
Que toda a mansidão num torpe olhar
Pudesse persistir e não existe
Ou mesmo se anuncie em tolo medo,
Vencendo no final o rude medo
Que tanto modifica a melhor sorte,
Ainda quando o passo alheio existe
E o fim de cada história se perceba
O mundo refletindo em meu olhar
A imensa e mais temida tempestade,
O quanto se refaz em tempestade
O mundo não pudera em tanto medo
Ditar o quanto trago em meu olhar
E nisto desejasse melhor sorte
Ainda que o final mesmo perceba
O tanto que eu quisera não existe,
E sei do quanto possa e mesmo existe
No verso feito em torpe tempestade
Marcando o que talvez não se perceba
E mesmo quando dita o velho medo
Ainda se procure ter a sorte
Que possa amenizar o duro olhar,
E quando neste olhar o nada existe
O tempo dita a sorte em tempestade
E o todo traz o medo que eu perceba...
MARCOS LOURES
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