“Que a memória a relembra inda cuidosa”
A sorte tão terrível do passado,
O dia amanhecendo mais nublado,
A noite que pensara maviosa
Perdendo qualquer brilho, o rumo glosa
Negando alguma luz ao manso prado,
Há tanto com certeza desejado,
E feito em flores tantas, bela rosa.
Mas sinto que jamais serei feliz
O quanto mais quisera se desdiz
Negando desde sempre a primavera,
E agora vendo a peça em seu final,
A dor num mais temível ritual
Expressa-se voraz, temível fera...
DANTE
MARCOS LOURES
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