Meu tempo se transcorre sem que eu possa
Vencer as tempestades mais atrozes
E mesmo quando os sonhos são audazes
As fases se entrelaçam; morro só,
A vida se resume no que há tanto
Quisera e não soubera desvendar,
O mundo que eu tentasse desvendar
Gerando muito além do quanto possa
E quando se anuncia neste tanto
Os ventos mais temidos tanto atrozes
Encontro o quanto possa sempre só
Vencer com pensamentos tão audazes,
E sei dos descaminhos quando audazes
Os passos procurassem desvendar
O tanto que se vendo mesmo só
Traduz o quanto a vida busque e possa
Os dias presumíveis tão atrozes
Na falsa sensação me dizem tanto,
E quando até pudera noutro tanto
Tramar anseios raros tão audazes
E nisto em meio aos sonhos quando atrozes
Vestígios do que eu tente desvendar
E sei que na verdade mesmo possa
Ainda quando seja ausente ou só,
E o vento se desenha e sendo só
Anunciasse o mundo quando tanto
Permito o caminhar de quem mais possa
Gerar entre diversos tons audazes
O rumo quando deva desvendar
Em meio aos temporais rudes e atrozes,
O mundo dita em cores mais atrozes
O verso que pudera e sigo só
Sem ter onde nem mesmo desvendar
Presumo na verdade o que sei tanto
E sinto desafetos tão audazes
E neles todo o traço que inda possa,
O todo que se possa em tons atrozes,
Ainda mais audazes, sigo só,
Embora sei que há tanto a desvendar...
MARCOS LOURES
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