Não mais que meramente fora a vida
Somente o que se quis em novo espaço,
E vendo o meu anseio sem promessa
A luta que pudesse na verdade
Traçar qualquer cenário num futuro
Aonde o meu anseio nada visse,
E quando com certeza o que mais visse
Tramasse a solidão em rude vida,
O tanto que pudesse no futuro
Grassando sem sentido algum espaço
Ao menos no final dite a verdade
Que vença com carinho a vã promessa,
O mundo não suporta mais promessa
E sabe muito bem o quanto visse
E nisto se permita tal verdade
Gerando no final a própria vida
Enquanto se resume neste espaço
O todo que permita algum futuro,
Meu mundo sem sentido e sem futuro,
O prazo determina outra promessa
E o canto que procure algum espaço
Ainda que deveras nada visse
E nisto se presume nova vida
Tentasse acrescentar luz e verdade,
O mundo se traduz nesta verdade
Que possa mesmo até além-futuro
Grassar a imensidão da própria vida
Num ato que permita esta promessa
E toda a sensação que o sonho visse
Sem ter sequer noção de tempo/espaço.
O quanto em minha vida dita o espaço
Que seja uma promessa ou a verdade
Em todo o meu futuro tudo visse.
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário