Não quero mais martírios nem tormentas
Delírios são comuns a quem anseia,
Mas quando a lua morre e nunca é cheia,
Somente tão diversos dias ventas
E beijo o que deveras desalentas
Enquanto a solidão volta e rodeia,
Perdendo todo sangue em minha veia,
Anêmica loucura e me apascentas;
Servindo de retalho a quem tecesse
A colcha feita em morte, novos panos,
Não tendo além dos erros velhos danos,
A morte talvez venha qual benesse,
Riscando assim do mapa qualquer sombra
Daquele que odiaste e já te assombra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário