Alma garimpeira
Uma alma libertária é garimpeira
E traça seu destino com vigor,
Mas vendo a poesia decompor,
Aos poucos, se em juízo, já se esgueira.
A face desdenhosa da mentira
Ardendo nos meus olhos, vil quimera,
Aonde se encontrar a primavera
Se ao abissal caminho enfim se atira.
Verdugos de nós mesmo, imbecis,
Bebendo como fosse mel o esgoto
Percebo o paletó agora roto
E o que fosse banquete se desdiz.
Prazer se renovasse a alegoria?
Ainda mesmo assim eu não teria.
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