INUNDAÇÕES
A deusa se desnuda em minha cama,
Reinando em absoluta maravilha,
Enquanto se permite e o gozo trilha
Mantendo com furor a imensa chama,
A rota umedecida já reclama
Um firme penetrar e enquanto brilha
Orgástico delírio se polvilha
Moldando incandescente e rara trama,
Num êxtase comum, caminho igual,
A cavalgada em raro ritual,
Profano altar num leito a descoberto,
Lençóis já pelo chão, roupas além
E quando a lava intensa agora vem
Inunda o vale pleno e agora aberto.
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