Os dentes podres sorrindo
A criança mendigando
Outro sonho destroçando
Este olhar que fora lindo,
E meu mundo assim deslindo
Face exposta em tom nefando,
Quando passo sonegando
O que vejo, produzindo
A miséria sem saber
Nesta omissa relação
Entre fome e podridão,
Entre esgoto e o vil poder.
E decerto, sou canalha,
Faço parte desta malha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário