LÍMPIDOS LUARES
Os límpidos luares reticentes
Em busca da total prosperidade
Lunáticos desejos dos dementes,
Vislumbram com grandeza e claridade.
Lua, minha comparsa, seus poentes
Repetem velhos ritos da saudade.
Meus olhos pobrezinhos penitentes,
Perderam, nos seus raios, mocidade...
Rainha das esferas siderais,
Tortura enamorados com desejos...
Te ergueram seus altares colossais...
Dilúvio dos amores, senhorita.
Testemunha sutil de tantos beijos.
Ao ver-te assim, nublada, uma desdita...
Parece com amores impossíveis,
Sonhados desde a minha mocidade,
Teus braços tão bonitos, tão incríveis,
São raios que me invadem, de saudade!
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