domingo, 27 de novembro de 2011

QUALQUER PASSO

QUALQUER PASSO

Jamais imaginasse qualquer passo
Aonde o que pudera não seria
Sequer a menor sombra da alegria
Que tanto quanto quero ora desfaço.

O verso noutro tom gera o cansaço
E bebo com temor o quanto havia
Do vento desenhando em ironia
O todo mesmo quando fosse lasso.

Reparo cada tempo mais diverso
Do tanto quanto quero e sempre verso
Pousando mansamente no vazio.

O canto se perdendo em desatino
E quando tentaria desafino
E o vento sem temor eu desafio.

MARCOS LOURES

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