FRIALDADE
Em todos os momentos frialdade
Gerada pelo fato de não ter
Sequer a menor sombra de prazer
No quanto nada resta nem saudade
Ainda quando a força teime e brade
Mortalha a cada dia se tecer,
Sem ter nenhum caminho a percorrer
Somente a solidão agora invade
E tento transformar algum sorriso
Em ato mais gentil, mas impreciso,
E sei que nada sou nem mesmo fui.
Resumo neste outono o que deveras
Morrera sem saber de primaveras,
Qual sombra que decerto se dilui...
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