UM MANÁ
Pudesse ter a messe de um maná
Aonde se percebe podridão,
Mudasse de repente a direção,
E o sol que nunca em mim mais brilhará
Talvez possa deveras noutro chão
Vencer cada tormento e tomará
Com cores variadas e fará
A vida noutro tom, nova emoção.
Ilusionária face da mentira,
E quanto ao precipício enfim se atira
Uma alma desvalida e sem sossego,
Do todo nada resta e sendo assim,
A senda se aproxima do seu fim,
E morro sem saber de algum apego...
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