AONDE SE ESCONDEU
Pelo menos soubesse aonde se escondeu
A estrela que pensara em noite tão escura
Trouxesse lenitivo e tudo se perdura
Gerado tão somente assim em torpe breu.
O corte que se vê; terror já conheceu
A sorte desairosa, a voz que se amargura
Ausente há tanto tempo a glória da ternura
A porta se emperrando, a chave se esqueceu.
E assim a fechadura, a maçaneta, o risco
O peso do viver e nele não arrisco
Somente a mesma queda há tanto repetida,
Degrau após degrau; degrada-se esperança
E quando ao nada além a voz torpe se lança.
Há quanto já perdi razões para esta vida...
LOURES
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