terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Canto De Amor

Canto De Amor

Espinhos que coroam nosso canto
Em formas eriçadas tão agudas,
Vermelhos os desejos, verso e pranto,
Não queimam nem precisam mais ajudas...

São formas dolorosas deste fogo
Que espalhas pelos campos destas flores...
Amada não se pode crer no jogo
Que arriscam, mais ariscos, os amores...

O certo é que tremulo sem sentir
As pernas temerosas laceradas,
O canto nos espinhos do porvir

Afoga minhas dores des’peradas...
Enquanto tanto amor manso e cruel
Nos leva loucamente para o céu...

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