JAMAIS
Pesando sobre as costas feito cruz
O sonho de quem tanto quis e, nada,
A vida noutra face desejada,
O vórtice deveras reproduz,
Meu prazo terminando e quando o pus
Jogado sobre a face desenhada
Da morte tanta vez anunciada
E o corte que se erguendo já faz jus,
Jamais eu mediria o quanto pude
Deixando noutro instante a juventude
Na rude sedução em vão e algia,
Partícipe da orgástica loucura
A sorte que deveras se procura
Decerto em nova face eu não veria.
LOURES
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