Não tento o passado nem mesmo o futuro
E quando procuro talvez nada veja
A sorte que trago deveras sobeja
Encontra o que tento num tempo inseguro.
E quanto pudesse tramar sobre o duro
Cenário que a vida na fonte peleja
E sendo, portanto, fiel alma andeja
O manto recobre caminho em que apuro.
Não vejo talvez e sei que na verdade
O tanto que trago deveras degrade
O passo sutil enquanto nada havia
Somente o vazio cerzindo este fim
Que se desafio traduz quanto vim
Deixando no rastro vital poesia.
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