SOMBRAS MORTAS
A vida se entranhando em sombras mortas
A viuvez de uma alma em dores feita,
E quando a realidade se deleita
Diversos os caminhos em que aportas,
Abrindo do passado velhas portas
A sorte nunca sendo satisfeita
A morte se aproxima enquanto deita
As garras nestes sonhos que ora exortas.
Medonho caricato, eu nada trago
Somente algum resquício de um afago
Mordaz de quem jamais amor me dera,
À sombra do vazio sigo imerso
E usando com terror último verso,
Bebendo a solidão, amiga e fera.
LOURES
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