Apedrejado
Apedrejado, eu sigo em falso sonho,
Acerco-me somente das carcaças
E enquanto noutro intento vens e passas,
Apenas o que mostro: um ser medonho,
Satânica figura enfim me ponho
Entranho o quanto podes e desgraças
Estraçalhando o pouco que inda traças
A morte se mostrara em tom bisonho,
Não quero ser mais nada além do fim
E bebo do que possa sendo assim
A tétrica vontade do que venha,
A luta sem descanso, a mais ferrenha,
A pútrida expressão que existe em mim
E o todo que o vazio ora contenha...
Loures
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