quinta-feira, 29 de março de 2012

Caminhos que percorro em lágrimas marcado

Caminhos que percorro em lágrimas marcado
Deixando que se aflore a dor e o sofrimento.
O medo de viver, há tempos entranhado,
Explode vez em quando e invade o pensamento.
No verso que hoje invento, um derradeiro brado.
A dor da solidão no peito toma assento
Matando o que pensara, um dia, no passado
Ser da alegria plena, o forte e belo vento.
Encharco-me do vinho amargo, avinagrando,
O tempo não ignora e segue deformando
Imagem refletida e agônica, num lago.
Amor amortalhado, imensa distorção,
Na quase conseguida, estúpida ilusão,
No espelho da água, a morte, enfim faz seu afago..

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