Eu sinto tuas mãos tão vaporosas
Passando por meu corpo, sem juízo.
As noites que vivemos, maviosas
Imersas em desejo mais preciso.
Nas ondas de teu corpo marejando
Visito cada ilhota e cada atol.
Depois nestes teus pélagos entrando
Usando o meu prazer como farol.
Nos lagos mais inquietos já me afogo,
Secretas reentrâncias eu descubro.
Morrendo deste amor nem peço rogo
Em tantas convulsões fulgura rubro...
E sinto essa erupção tremenda imagem
Rompendo, arrebentando uma barragem..
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