Há momentos na vida em que eu assim pergunto
Se o gozo é pertinente ao amor em conjunto.
Prazer quando inerente é sempre um bom motivo
Que nos permite sempre embrenhar nos altares
Aonde se mistura o fino dos jantares
Banquete pelo qual eu gozo e sobrevivo...
Eu sei que o paladar pode ser meio estranho
Mas mal a noite acaba e começa a cobiça
O coração dispara andando quase fanho
E vê depois de tudo, o quanto a vida viça
O cheiro é nauseabundo e dele já me entranho,
Há gente que prefere até comer cortiça
Porém o que fazer, se eu tenho o mal tamanho
De preferir, querida, um prato de carniça?
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