BANDEIRAS DESFRALDADAS
Bandeiras desfraldadas nesta torre
Onde avisto chegarem galopantes
Corcéis no céu que morre
Nas colinas em cores deslumbrantes.
Bandeiras desfraldadas nesta cama
Misturas de perfumes e de sonhos,
A voz aveludada não reclama
Os mantos descobertos e risonhos.
Bandeiras desfraldadas nesta busca
Do corpo pela pele que sonhara.
A mão que acaricia, nunca brusca,
Encontra em quente lago uma água clara.
No visgo deste lago me perdi,
Bandeiras desfraldadas, ‘stou aqui!
MARCOS LOURES
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