UMA FLORESTA DENSA
Como a floresta densa, impenetrável,
Meu coração vivera tanto tempo.
Temendo o sofrimento interminável
Do amor, este difícil contratempo...
Assim também seguia em sofrimento
Pela saudade fria do vazio.
Não conheci sequer nenhum momento
Da bela primavera ou dum estio...
Hoje entre os ramos mansos desta flor
Conheço a primavera, sei do orvalho,
Vivendo plenamente o nosso amor,
Na solidez hercúlea do carvalho.
Tingindo esta floresta de outras cores
Aprendo a conhecer frutos e flores...
MARCOS LOURES
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