Para o Nunca...
Zarpando para o nunca desde quando
O tempo se mostrara em tom brumoso,
Caminho tantas vezes pedregoso
Enquanto dentro da alma está nevando,
Preparo outro momento e sei do brando
Anseio que pudera majestoso
Traçar outro cenário em antegozo,
Mas tudo no final me desolando,
A farsa eu represento em todo verso,
E vivo o quanto resta, apenas isto,
Deveras muitas vezes eu desisto
E tento algum anseio mais diverso,
Um ciclo vicioso a vida trama,
Embora já não veja qualquer flama...
Marcos Loures
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