Mera Alegoria
Do cosmos que entranhasse a cada instante
Restando muito pouco ou quase nada,
A farsa há tanto tempo desvendada
E a tétrica incerteza se agigante,
Não quero e nem tivera doravante
A nova sensação de uma alvorada
Já quando noutro ponto, desdenhada,
Expressa a imensidão mais torturante.
Assolam-nos os sonhos mais cruéis
E volto a procurar imerso em féis
Saídas que jamais encontraria,
Ao menos pude crer noutra falácia
Da vida se moldando em tola audácia
Ainda quando é mera alegoria...
Marcos Loures
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