Desabrigo.
Não posso e não devesse mais tentar
Cercar com meus delírios cada espaço,
Equidistante sonho em vão eu traço
Tentando simplesmente tatear,
E nisto mal pudera te alcançar
Vencido pela dor, luta e cansaço,
A cada novo dia mais escasso,
Mergulho que se faz em torpe mar.
Resumo minha vida na esperança
Que tanto quanto vaga nada alcança
E sei do que pudera e não consigo,
Ousasse acrescentar nesta ilusão
Momentos que deveras dizem não,
Sorvendo tão somente o desabrigo.
Marcos Loures
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