ONDAS CONVULSAS
Em ondas tão convulsas, explosivas,
Fomentando a fornalha desejosa
As bocas tatuando, corrosivas
Deixando a cicatriz maravilhosa...
Da eternidade túrgida, insensata
Sem ter nem nevoeiros, só trovões,
Embrenhar-me na densa e pura mata
Na busca do prazer, escavações.
Nas incursões sedentas e famintas
Ouvindo tua voz quase gemente,
No corpo que esculpi, as tantas tintas
Vontade de saber-te, isso é urgente!
Em ondas me transtorno, em ti mergulho,
Singrando neste mar, forma um marulho...
MARCOS LOURES
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