sábado, 14 de abril de 2012

ONDAS CONVULSAS

ONDAS CONVULSAS

Em ondas tão convulsas, explosivas,
Fomentando a fornalha desejosa
As bocas tatuando, corrosivas
Deixando a cicatriz maravilhosa...

Da eternidade túrgida, insensata
Sem ter nem nevoeiros, só trovões,
Embrenhar-me na densa e pura mata
Na busca do prazer, escavações.

Nas incursões sedentas e famintas
Ouvindo tua voz quase gemente,
No corpo que esculpi, as tantas tintas
Vontade de saber-te, isso é urgente!

Em ondas me transtorno, em ti mergulho,
Singrando neste mar, forma um marulho...

MARCOS LOURES

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