O Fim
Presumo o fim de tudo e me imagino
Nas entrelinhas risco medo e tédio,
Assaz pudesse a vida em louco assédio
Trazer o que de fato não tem tino,
O mundo se desmembra e do menino,
Restando muito pouco e sem remédio,
Aonde se imagina imenso prédio
Apenas o desenho pequenino,
E a sórdida expressão que me corrói,
A vida de tal forma sempre dói
Não deixa nem sequer o menor rastro,
E quando no vazio aquém me alastro
Bebendo em fortes goles tal veneno,
Apenas sem sentido eu me apequeno...
Marcos Loures
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